quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

gabarito da prova IV unidade

1-E
2-D
3-C
4-A
5-A e B( qualquer uma das duas está correta)
6-D
7-D
8-B
9-C
10-D
11-A
12-B

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tecidos vegetais

Os tecidos vegetais são divididos em : Meristemas e Tecidos adultos ou permanentes.

Meristemas

São formados por células pequenas, justapostas e com grande capacidade de multiplicação. Existem dois tipos: Meristemas primários e meristemas secundários.

*Meristemas Primários: Proporcionam o crescimento em extensão do vegetal. Exemplo: gema apical (caule) e subapical (raiz)
Os meristemas primários podem ser divididos em:

a)Dermatogênio - origina os tecidos de revestimento
b)Periblema- origina os tecidos da casca
c)Pleroma -origina os tecidos do cilindro central
d)Caliptrógeno- origina a coifa ( raiz)

* Meristemas Secundários : Proporcionam o crescimento em espessura do vegetal.

Eles podem ser divididos em:

a)Felogênio - origina o súber
b)Câmbio - origina o xilema e floema

Tecidos adultos ou permanentes = São classificados de acordo com a função realizada.

1.PROTEÇÃO

a)Epiderme = Camada mais externa da planta, reveste as folhas e caules jovens.

Anexos da epiderme:

-Cutícula : película impermeável que recobre as folhas

-Cera: mesma função da cutícula

-Acúleos: estruturas pontiagudas com função de defesa

-Estômatos : local onde ocorre as trocas gasosas

-Pêlos: podem ter substâncias urticantes

b)Súber = Camada de células mortas que substitui a epiderme

2.SUSTENTAÇÃO

Existem dois tipos:

a)Colênquima: Tecido formado por células vivas, com função de sustentabilidade e flexibilidade.

b)Esclerênquima: Tecido formado por células mortas, com função de proporcionar rigidez ao vegetal.

3.PREENCHIMENTO

Esse tecido recebe o nome de parênquima e pode ser:

a) Parênquimas Clorofilianos: apresenta clorofila e realiza fotossíntese.

b) Parênquimas de reserva : possui células que armazenam substâncias nutritivas.

4.CONDUÇÃO

a) Xilema: Tecido formado por células mortas, conduz seiva bruta. Sentido raiz - folha.

b)Floema: Tecido formado por células vivas, conduz seiva elaborada.Sentido folha- raiz.

5.SECREÇÃO

Tecidos responsavéis pela secreção de diversas substâncias, como por exemplo:

- pêlos secretores : secretam substâncias urticantes

-nectários: produz secreção odorífera e doce para atrais insetos e pássaros

-hidatódios: Eliminam água e sais minerais na forma de gotículas, conhecido como gutação ou sudação.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Meiose

A Meiose ocorre para formação das células germinativas ( no caso do ser humano : espermatozóide e óvulo), nela uma célula-mãe dá origem a 4 células-filhas com a metade do material genético. A meiose é dividida em duas divisões: meiose I e meiose II.

Esquema da meiose:

Meiose I : Compreende:

Profáse I, Metáfase I, Anáfase I e Telófase I.

Prófase I é dividida em :

Leptóteno:

Início da condensação dos cromossomos e aparecimento dos cromômeros (região mais condensada)

Zigóteno:

Pareamento dos cromossomos homólogos, conhecida como sinapse.

Paquíteno:

O pareamento é completo e cada par de homólogos aparece como um bivalente ( às vezes denominados tétrade porque contém quatro cromátides).

Diplóteno:

Aparecimento dos quiasmas e ocorre o crossing-over ( a troca de segmentos homólogos entre cromátides não irmãs de um par de cromossomos homólogos). O crossing-over é importantíssimo para a meiose, pois há a permutação(troca) de genes .

Diacinese

Terminalização dos quiasmas ( não há mais crossing-over)

Metáfase I

*Cromosomos pareados alinhados no plano equatorial da célula;
* Máxima condensação dos cromossomos.

Anáfase I

* Separação dos cromossomos homólogos, cada cromossomo indo para o pólo oposto da célula.

Telófase I

É a última fase da primeira divisão da meiose. Nesta fase, os dois conjuntos haplóides de cromossomos se agrupam nos pólos opostos da célula. Pode ou não ocorrer a citocinese (divisão da célula em duas) ou pode de imediato iniciar-se a segunda divisão meiótica com a prófase II .



Meiose II , compreende a Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.

A Meiose II é mais simples do que a Meiose I, pois não ocorre a divisão da prófase em fases e nem ocorre o crossing-over. Outra diferença, encontra-se na anáfase, a anáfase II a separação das cromátides e não dos cromossomos.

A meiose II é praticamente igual a mitose.

Abaixo um vídeo sobre a meiose, porém está em inglês (tentem identificar as fases da meiose na animação)

vídeo mitose

Animação um pouco diferente da mitose, pra vocês aprenderem de uma maneira diferente:

Mitose

A mitose é o tipo de divisão celular que ocorre em todas as células somáticas de um ser vivo, ou seja, em todas as células do corpo com exceção daquelas que não estejam envolvidas na reprodução. Nesse tipo de divisão uma célula-mãe dá origem a duas células-filhas idênticas (com o mesma quantidade de material genético), e ocorre quando a célula está precisando se multiplicar.

É dividida em 4 fases : prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase, é a etapa mais longa e compreende os seguintes processos:

* Início da condensação dos cromossomos;
* Desaparecimento da carioteca e do núcleolo;
* Centríolos migram para os pólos opostos da célula.

Metáfase:

* Máxima condensação dos cromossomos;
* Os cromossomos irão se encontrar na placa equatorial da célula ( no meio da célula)

Anáfase:

* Separação das cromátides dos cromossomos;
* As cromátides migram para os pólos opostos da célula.

Telófase :

* Descondensação dos cromossomos;
* Reaparecimento da carioteca e do núcleolo;
* Formação de dois núcleos;
*Dissolução do aparato mitótico (centríolos);
* Citocinese ( separação do citoplasma, estrangulamento da célula, formando duas células)


Fases da mitose


Animação da mitose ( está em inglês, mas tentem identificar todas as fases estudadas no vídeo)


sábado, 21 de novembro de 2009

Ciclo Celular e Interfase

Ciclo celular

Chama-se ciclo celular o conjunto de processos que se passam em uma célula viva entre duas divisões celulares. Ele compreende a interfase e a divisão celular.

Interfase

Corresponde ao período entre o final de uma divisão celular e o início da segunda divisão. É um período de muita atividade na célula e é quando ocorre a duplicação do material genético (DNA)

A interfase se subdivide em 3 fases :

G1 : Ocorre a síntese de proteína, de RNA e crescimento da célula

S : Duplicação do material genético (DNA)

G2 : Síntes de protéina, de RNA, amadurecimento da célula e síntese de moléculas necessárias à divisão celular (como centríolos)




Questoes Básicas sobre o núcleo celular (cromossomos)

Cariótipo

É o conjunto de cromossomos de uma espécie. No cariótipo identificamos o tamanho, tipo e número total de cromossomos de uma espécie.

Cariótipo humano:

O ser humano possui 46 cromossomos , sendo 44 autossomos e 2 sexuais. Autossomos = determinam as características gerais; Sexuais = Determina o sexo do indivíduo ( XX =Mulher; XY = Homem).

Cariótipo de um homem

Cromossomos Homólogos

São cromossomos iguais entre si e que juntos formam um par (do grego homologos = igual, semelhante)

Células diplóides

Células que possuem os cromossomos homólogos, são chamadas de 2n , pois estão aos pares. No ser humano as células diplóides possuem todos os 46 cromossomos.

Células haplóides


Células que contém apenas 1 dos representantes do par, são chamadas de n e são, normalmente, formadas por meiose para a produção de gametas.

Genes

Eles contém a informação hereditária nos cromossomos.

Locus gênico

Local ocupado por um gene no cromossomo.


Genes alelos

Genes que atuam em um mesmo caráter em locus correspondentes em cromossomos homólogos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sinapses

Sinapse é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria).

Sinapses elétricas

As sinapses elétricas, mais simples e evolutivamente antigas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Ocorrem em sítios especializados denominados junções gap ou junções comunicantes. Nesses tipos de junções as membranas pré-sinápticas (do axônio - transmissoras do impulso nervoso) e pós-sinápticas (do dendrito ou corpo celular - receptoras do impulso nervoso) estão separadas por apenas 3 nm.

Sinapses químicas

Via de regra, a transmissão sináptica no sistema nervoso humano maduro é química. As membranas pré e pós-sinápticas são separadas por uma fenda com largura de 20 a 50 nm - a fenda sináptica. A passagem do impulso nervoso nessa região é feita, então, por substâncias químicas: chamados mediadores químicos ou neurotransmissores, liberados na fenda sináptica.

O terminal axonal típico contém dúzias de pequenas vesículas membranosas esféricas que armazenam neurotransmissores - as vesículas sinápticas. A membrana dendrítica relacionada com as sinapses (pós-sináptica) apresenta moléculas de proteínas especializadas na detecção dos neurotransmissores na fenda sináptica - os receptores.

Por isso, a transmissão do impulso nervoso ocorre sempre do axônio de um neurônio para o dendrito ou corpo celular do neurônio seguinte.





Neuróglia

Função
As principais funções das células da glia são cercar os neurônios e mantê-los no seu lugar, fornecer nutrientes e oxigênio para os neurônios, isolar um neurônio do outro, destruir patógenos e remover neurônios mortos. Mantêm a homeostase, formam mielina e participam na transmissão de sinais no sistema nervoso

Tipos de glia


Microglia

Micróglia consiste em macrófagos especializados, capazes, capazes de fagocitar, que protegem os neurônios. São as menores de todas as células gliais e correspondem a 15% de todas células do tecido nervoso. Da microglia fazem parte as células ependimárias e as células de Shwan.

Macroglia

Os tipos de células da macroglia são astrócitos, oligodendrócitos, Glioblastos

Os astrócitos são vários tipos de células em forma de estrela (de onde lhes vem o nome:
(de onde lhes vem o nome: astro = estrela, cito = célula). Os astrócitos, são as células da neuroglia que possuem as maiores dimensões.

Os astrócitos, desempenham funções muito importantes, como a sustentação e a nutrição dos neurônios

Os oligodendrócitos (ou oligodendróglia) são as células da neuroglia, responsáveis pela formação, e manutenção das bainhas de mielina dos axônios, no SNC (sistema nervoso central).

os gliobastos estão presentes na retina.

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é formado por neurônios e células de sustentação, conhecidas como neuroglia. As células nervosas são altamente especializadas e tem como função a transmissão do impulso nervoso e, desta forma, auxiliar na integração e coordenação dos sistemas orgânicos.

Neurônio:

Os neurônios são formados por corpo celular, conhecido como pericário do qual, prolongamentos são formados. Os prolongamentos nervosos são separados em dendritos e axônios. Os dendritos são numerosos, mais curtos do que os axônios e especializados em receber estímulos. O axônio é um prolongamento único, especializado na condução do estímulo. Os axônios podem ser extremamente longos e normalmente sofrem ramificações próximo a sua porção terminal. Na sua porção terminal o axônio forma um botão dilatado conhecido como botão terminal, onde ocorrem as sinapses.


Tipos de Neurônio

De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em:

1. Neurônios sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central.

2. Neurônios motores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo).

3. Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os neurônios motores.


sábado, 7 de novembro de 2009

animação contração muscular

Cliquem no link abaixo, para ver uma animação sobre contração muscular:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/recursos/10087/contracao_muscular.swf

ps- quando abrirem o link, cliquem na setinha da direita para a animação funcionar.

Células Musculares e Contração Muscular

Nas células musculares (Fibras Musculares, Miofibrilas):

Sarcolema
é o nome que se dá à membrana plasmática.

Sarcoplasma, nome dado ao citoplasma.

Retículo Sarcoplasmático é o nome dado ao retículo endoplasmático com a especialidade de armazenamento de cálcio.

Contração Muscular

As fibras musculares são formadas por duas proteínas : actina e miosina. Essas proteínas serão responsáveis pela contração muscular e formam o sarcômero.

A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é conduzido ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de cálcio (necessário à contração) dentro da célula, e a saída de potássio da mesma. Em termos científicos, as etapas são:

1. Despolarização do sarcolema;
2. Estimulação do retículo sarcoplasmático
3. Ação do cálcio e de ATP (energia), provocando o deslizamento de actina sobra a miosina (contração muscular)





Tecido Muscular

O sistema muscular é formado pelo conjunto de músculos do corpo. Existem cerca de 600 músculos no corpo humano; juntos, eles representam de 40 a 50% do peso total de uma pessoa. Os musculos são capazes de se contrair e relaxar, gerando movimentos que nos permitem andar, correr, saltar, nadar, escrever, impulsionar o alimento no tubo digestório, promover a circulação do sangue no organismo, urinar, defecar, piscar os olhos, rir, respirar…

No corpo humano, existem musculos grandes, como os da coxa, e musculos pequenos, como certos musculos da face. Eles podem ser arredondados (orbiculares do olho ou da boca), planos (os do crânio), fusiformes (como os do braço).


Classificação dos tecidos musculares:

Há três tipos de tecidos musculares: tecido muscular liso, tecido muscular estriado esquelético e tecido estriado cardíaco, cada um com suas particularidades.

- Tecido muscular liso: apresenta contração lenta e involuntária( independente da vontade do indivíduo): formada por células mononucleadas(1 núcleo) com estrias longitudinais. É presente nos órgãos vicerais internos (esôfago,bexiga,intestino, vasos sangüíneos e útero), responsável pelo peristaltismo.

-Tecido muscular estriado esquelético
: contração rápida e voluntária (dependente da vontade do indivíduo): formada por células multinucleadas com estrias longitudinais e transversais. Forma os músculos, órgãos ligados à estrutura óssea, permitindo a movimentação do corpo.

- Tecido muscular estriado cardíaco: contração involuntária e rápida, constitui as células binucleadas do miocárdio (musculatura do coração), unidas por discos intercalares que aumentam a adesão entre as células. Fator importante para uma contração rítmica e vigorosa, mantendo a circulação do sangue no corpo.

vídeo tecido conjuntivo

Terminando o assunto de tecido conjuntivo. Deixo para vocês um vídeo resumido sobre o tecido conjuntivo:

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Coagulação sanguinea

Coagulação sangüínea

Mecanismos da Hemostasia (impedimento de perda sangüínea):

(1) espasmo vascular: imediatamente após a ruptura ou o corte de um vaso sangüíneo ocorre vasoconstrição (contração) do vaso sangüíneo lesado.

(2) formação de tampão plaquetário: acúmulo de plaquetas para formar um tampão plaquetário no vaso lesado (adesividade das plaquetas no local da lesão e aderência das plaquetas entre si).

(3) coagulação sangüínea: substâncias ativadoras provenientes tanto da parede vascular traumatizada quanto das plaquetas (entre elas, a enzima tromboplastina) dão início a uma complexa rede de reações químicas em cascata (ou em cadeia) que, na presença de íons cálcio, culmina na conversão da proteína plasmática protrombina em enzima ativa trombina. A trombina, por sua vez, converte o fibrinogênio em fibrina, que forma uma rede de filamentos que retém plaquetas, células sangüíneas e plasma, formando o coágulo.

A síntese de alguns fatores de coagulação (como protrombina) ocorre no fígado e é dependente de vitamina K, cuja deficiência pode provocar hemorragias. De forma semelhante, para a conversão de protrombina em trombina é necessária a presença de íons cálcio. Conseqüentemente, a falta de vitamina K e/ou de cálcio pode comprometer a coagulação sangüínea, resultando em tendência a hemorragias.

OBS.: os fatores de coagulação do sangue (mais de 12) são, em sua maioria, formas inativas de enzimas proteolíticas. Quando convertidas nas suas formas ativas, suas reações enzimáticas causam as sucessivas reações em cascata do processo de coagulação.


(4) regeneração: crescimento de tecidos fibrosos no coágulo sangüíneo para obturar o orifício do vaso

A hemofilia é uma doença hereditária que afeta a coagulação do sangue devido à não produção de algum fator de coagulação. Como a coagulação é uma reação em cascata, a falta de qualquer componente provoca interrupção do processo.


Tipos de sangue

O Sistema ABO

Para entendemos como os grupos sangüíneos podem ser combinados entre si, precisamos entender alguns conceitos. A compatibilidade entre os vários tipos de sangue humano tem a ver com antígeno e Anticorpos. Aqui nos referimos a Antígenos Eritrocitários ou seja Antígenos existentes (ou não) nas nossas hemácias.

São estes Antígenos que diferenciam os grupos sangüíneos entre si. Veja como:

Grupo Sanguineo

Antígeno do Sistema ABO

A

A

B

B

AB

A e B

O

Nenhum


Preste bem atenção. Antígeno é algo que temos nas nossas hemácias ao nascermos, faz parte de sua estrutura molecular, é determinado geneticamente pela herança de nossos pais.

Observe que se você é do grupo O você não tem nenhum Antígeno (do sistema ABO) em suas hemácias. Indivíduos são do grupo A porque tem o Antígeno A em suas hemácias, Os do grupo B tem o antígeno B, os do grupo AB tem antígeno A e B.

Antígenos tem a propriedade de gerar Anticorpos quando introduzidos em organismo que não o contenha. Por exemplo, indivíduos do grupo A, que tem em suas hemácias o antígeno A, não podem ter em seu plasma o anticorpo Anti A. O mesmo ocorre com o indivíduo do grupo B, em relação ao antígeno B. Se um indivíduo tivesse em seu plasma um anticorpo oposto ao seu antígeno correspondente todas as suas hemácias seriam destruídas por ele.

Um conceito muito importante é que não existe anticorpo anti O, uma vez que não existe antígeno O.

Durante a infância sempre adquirimos naturalmente os anticorpos referentes aos grupos sangüíneos opostos, ou seja: Se você é do grupo O, em seu plasma existe anticorpos Anti-A e Anti-B, adquiridos naturalmente durante a infância.

Veja na tabela abaixo:


Grupo Sanguineo

Antígeno

Anticorpo

A

A

Anti-B

B

B

Anti-A

AB

A e B

nenhum

O

Nenhum

Anti-A e Anti-B


Fica fácil de entender agora como os diversos tipo de sangue podem ser combinados entre si. Se você é do grupo AB, então você não tem nenhum dos anticorpos em seu plasma, daí você poderá tomar sangue de todos os grupos: A, B, AB e O (receptor universal).

Se você é do grupo A você tem anti-B em seu plasma, daí não poder tomar sangue do grupo B ou AB. Pode tomar dos grupos A e O. Como não existe "anti-O" as hemácias do grupo O podem teoricamente ser transfundidas em pessoas de todos os outros grupos (doador universal).

E o Rh?

Bem, existe também o sistema Rh e ele determina a presença de um Antígeno (também em suas hemácias), denominado Antígeno D. Indivíduos que o tem são Rh POSITIVOS e indivíduos que não o tem são Rh NEGATIVOS.

Veja a tabela:


Fator Rh

Antígeno do sistema Rh

Positivo

Antígeno D

Negativo

nenhum


Não existe Anticorpos Anti-D adquiridos naturalmente e portanto ninguém tem Anti-D em seu plasma a não ser que tenha sido inoculado de alguma forma com sangue Rh POS., (pode ocorrer inoculação durante o parto ou aborto, transfusão incompatível ou compartilhamento de seringas em drogados).

Daí o conceito simples de que em relação ao Rh, indivíduos Rh POS podem tomar sangue Rh POS e NEG, enquanto indivíduos Rh NEG só podem tomar sangue Rh NEG., (na verdade poderiam tomar uma primeira transfusão Rh POS, mais seriam sensibilizados e desenvolveriam Anti-D e uma segunda transfusão poderia matá-los).

Eis abaixo um diagrama que ajuda a compreender a relação entre os sangues. Visualize primeiro sangues do mesmo Rh. Lembre-se: Rh positivo pode receber sangue Rh negativo. O oposto não é possível.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

gabarito do exercício

ai segue o gabarito que prometi :

1-A
2-A
3-B
4-B
5-E
6-A
7-A
8-D
9-E
10-D

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Tecido sanguíneo

Esse tecido tem a função de produzir as células típicas do sangue e da linfa. Existem duas variações: tecido hematopoiético mielóide e tecido hematopoiético linfóide.


Mielóide: Encontra-se na medula óssea vermelha, presente no interior do canal medular dos ossos esponjosos, responsáveis pela produção dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias), certos tipos de glóbulos brancos e plaquetas.

Linfóide: Encontra-se de forma isolada em estruturas como os linfonodos, o baço, o timo e as amígdalas; tem o papel de produzir certos tipos de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos).

Todas as células do sangue são originadas na medula óssea vermelha a partir das células indiferenciadas pluripotentes (células-tronco). Como conseqüência do processo de diferenciação celular, as células-filhas indiferenciadas assumem formas e funções especializadas.

As Plaquetas


Plaquetas são restos celulares originados da fragmentação de células gigantes da medula óssea, conhecidas como megacariócitos. Possuem substâncias ativas no processo de coagulação sangüínea, sendo, por isso, também conhecidas como trombócitos (do grego, thrombos = coágulo), que impedem a ocorrência de hemorragias.




Os glóbulos vermelhos


Glóbulos vermelhos, hemácias ou eritrócitos (do grego, eruthrós = vermelho, e kútos = célula) são anucleados, possuem aspecto de disco bicôncavo e diâmetro de cerca de 7,2 m m. São ricos em hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio, a importante função desempenhada pelas hemácias.



Os glóbulos brancos


Glóbulos brancos, também chamados de leucócitos (do grego, leukós = branco), são células sanguíneas envolvidas com a defesa do organismo.



Essa atividade pode ser exercida por fagocitose ou por meio da produção de proteínas de defesa, os anticorpos.

Costuma-se classificar os glóbulos brancos de acordo com a presença ou ausência, em seu citoplasma, de grânulos específicos, e agranulócitos, os que não contêm granulações específicas, comuns a qualquer célula.


GRANULÓCITOS :

Neutrófilos - Tem a função de fagocitar e destruir microorganismos como bactérias


Basófilos - Fabrica duas substâncias importantes - a histamina (vasodilatadora) e heparina (evita a coagulação)

Eosinófilos - Participa do processo de alergia



AGRANULÓCITOS

Linfócito (T e B)- responsáveis pela defesa imunitária do organismo.


Monócito - É especializado em fagocitose



segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tecido ósseo

O tecido ósseo possui um alto grau de rigidez e resistência à pressão. Por isso, suas principais funções estão relacionadas à proteção e à sustentação. Também funciona como alavanca e apoio para os músculos, aumentando a coordenação e a força do movimento proporcionado pela contração do tecido muscular.

Os ossos ainda são grandes armazenadores de substâncias, sobretudo de íons de cálcio e fosfato. Com o envelhecimento, o tecido adiposo também vai se acumulando dentro dos ossos longos, substituindo a medula vermelha que ali existia previamente.

A extrema rigidez do tecido ósseo é resultado da interação entre o componente orgânico e o componente mineral da matriz. A nutrição das células que se localizam dentro da matriz é feita por canais. No tecido ósseo, destacam-se os seguintes tipos celulares típicos:

· Osteócitos: os osteócitos estão localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz óssea. Destas lacunas formam-se canalículos que se dirigem para outras lacunas, tornando assim a difusão de nutrientes possível graças à comunicação entre os osteócitos. Os osteócitos têm um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea.

· Osteoblastos: os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz óssea, composta por colágeno tipo I, glicoproteínas e proteoglicanas. Também concentram fosfato de cálcio, participando da mineralização da matriz. Durante a alta atividade sintética, os osteoblastos destacam-se por apresentar muita basofilia (afinidade por corantes básicos). Possuem sistema de comunicação intercelular semelhante ao existente entre os osteócitos. Os osteócitos inclusive originam-se de osteoblastos, quando estes são envolvidos completamente por matriz óssea. Então, sua síntese protéica diminui e o seu citoplasma torna-se menos basófilo.

· Osteoclastos: os osteoclastos participam dos processos de absorção e remodelação do tecido ósseo. São células gigantes e multinucleadas, extensamente ramificadas, derivadas de monócitos que atravessam os capilares sangüíneos. Nos osteoclastos jovens, o citoplasma apresenta uma leve basofilia que vai progressivamente diminuindo com o amadurecimento da célula, até que o citoplasma finalmente se torna acidófilo (com afinidade por corantes ácidos). Dilatações dos osteoclastos, através da sua ação enzimática, escavam a matriz óssea, formando depressões conhecidas como lacunas de Howship.




osteoclasto


Os ossos são órgãos ricos em vasos sanguíneos. Além do tecido ósseo, apresentam outros tipos de tecido: reticular, adiposo, nervoso e cartilaginoso. Por serem um estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam sensibilidade, alto metabolismo e capacidade de regeneração.

Quando um osso é serrado, percebe-se que ele é formado por duas partes: uma sem cavidades, chamada osso compacto, e outra com muitas cavidades que se comunicam, chamada osso esponjoso.


Essa classificação é de ordem macroscópica, pois quando essas partes são observadas no microscópio nota-se que ambas são formadas pela mesma estrutura histológica. A estrutura microscópica de um osso consiste de inúmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Cada sistema apresenta camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central onde existem vasos sanguíneos e nervos que servem o osso.

Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a cavidade medular e com a superfície externa do osso por meio de canais transversais ou oblíquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann). O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que pode ser de dois tipos: amarela, constituída por tecido adiposo, e vermelha, formadora de células do sangue.

A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos: ossificação intramembranosa e ossificação endocondral.

No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo.


ossificação endocondral

domingo, 20 de setembro de 2009

Tecido Cartilaginoso

O tecido cartilaginoso, desprovido de vasos sangüíneos e nervos, é formado por células denominadas condroblastos e condrócitos. O condroblasto sintetiza grande quantidade de fibras protéicas, e com gradual redução de sua atividade metabólica, passa a ser denominado condrócito.

O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de tecido conjuntivo de consistência rígida. Desempenha a função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies articulares onde absorve choques, facilita os deslizamentos e é essencial para a formação e crescimento dos ossos longos. A cartilagem é um tipo de tecido conjuntivo composto exclusivamente de células chamadas condrócitos e de uma matriz extracelular altamente especializada.

Este tecido é nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente (pericôndrio) ou através do líquido sinovial das cavidades articulares. Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as cartilagens, indo nutrir outros tecidos. O tecido cartilaginoso também é desprovido de vasos linfáticos e de nervos. Dessa forma, a matriz extracelular serve de trajeto para a difusão de substâncias entre os vasos sangüíneos do tecido conjuntivo circundante e os condrócitos. As cavidades da matriz, ocupadas pelos condrócitos, são chamadas lacunas; uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. A matriz extracelular da cartilagem é sólida e firme, embora com alguma flexibilidade, sendo responsável pelas suas propriedades elásticas. As propriedades do tecido cartilaginoso, relacionadas ao seu papel fisiológico, dependem da estrutura da matriz, que é constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, em associação com macromoléculas de proteoglicanas (proteína + glicosaminoglicanas). Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência firme das cartilagens se deve às ligações eletrostáticas entre as glicosaminoglicanas das proteoglicanas e o colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água presas a estas glicosaminoglicanas (água de solvatação) que conferem turgidez à matriz.

As cartilagens (exceto as articulares e as peças de cartilagem fibrosa) são envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o nome de pericôndrio, o qual continua gradualmente com a cartilagem por uma face e com o conjuntivo adjacente pela outra. As cartilagens basicamente se dividem em três tipos distintos: 1) cartilagem hialina; 2) fibrocartilagem ou cartilagem fibrosa; 3) cartilagem elástica.

Cartilagem hialina

Distingue-se pela presença de uma matriz vítrea, homogênea e amorfa (figura abaixo). Por toda cartilagem há espaços, chamados lacunas, no interior das lacunas encontram-se condrócitos. Essas lacunas são circundadas pela matriz, a qual tem dois componentes: fibrilas de colágeno e matriz fundamental. Essa cartilagem forma o esqueleto inicial do feto; é a precursora dos ossos que se desenvolverão a partir do processo de ossificação endocondral.

Cartilagem fibrosa

A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tecido com características intermediárias entre o conjuntivo denso e a cartilagem hialina. É uma forma de cartilagem na qual a matriz contém feixes evidentes de espessas fibras colágenas. Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas constituem feixes, que seguem uma orientação aparentemente irregular entre os condrócitos ou um arranjo paralelo ao longo dos condrócitos em fileiras. Essa orientação depende das forças que atuam sobre a fibrocartilagem. Os feixes colágenos colocam-se paralelamente às trações exercidas sobre eles. Na fibrocartilagem não existe pericôndrio. A fibrocartilagem está caracteristicamente presente nos discos intervertebrais, na sínfise púbica, nos discos articulares das articulações dos joelhos e em certos locais onde os tendões se ligam aos ossos. Geralmente, a presença de fibrocartilagem indica que naquele local o tecido precisa resistir à compressão e ao desgaste.

Cartilagem Elástica

Esta é uma cartilagem na qual a matriz contém fibras elásticas e lâminas de material elástico, além das fibrilas de colágeno e da substância fundamental. O material elástico confere maior elasticidade à cartilagem, como a que se pode ver no pavilhão da orelha. A presença desse material elástico (elastina) confere a esse tipo de cartilagem uma cor amarelada, quando examinado a fresco. A cartilagem elástica pode estar presente isoladamente ou formar uma peça cartilaginosa junto com a cartilagem hialina. Como a cartilagem hialina, a elástica possui pericôndrio e cresce principalmente por aposição. A cartilagem elástica é menos sujeita a processos degenerativos do que a hialina. Ela pode ser encontrada no pavilhão da orelha, nas paredes do canal auditivo externo, na tuba auditiva e na laringe. Em todos estes locais há pericôndrio circundante. Diferentemente da cartilagem hialina, a cartilagem elástica não se calcifica.